sexta-feira, 26 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

Boceje!



Bem mandado!

Desvende

Nada

. Faz tempo que não escrevo, admito. Mas também, faz tempo que não faço muita coisa. Chama-se férias. É o período menos produtivo do ano (pelo menos para mim). Não estudo, não trabalho, não escrevo, pouco leio. Então o que eu faço? Nada. E faço bem, acredito ter um certo dom para isso. Fazer nada é uma arte, e como a maioria das expressões artísticas, é incompreendido. Mas sobre o que poderia escrever? Acontecem tantas coisas nesse mundo a cada fragmento de segundo. Poderia escrever sobre o retorno às aulas, ao trabalho, começar uma nova blognovela, falar de um livro, música, futebol, pescaria, mulheres, Deus, o mal. Eis que tive uma epifania que me revelou o tema a ser dissertado doravante. Nada. Nada com nada, nada com nexo, nada interessante e nada específico. Você pode parar de ler o texto agora para não se decepcionar ou para se decepcionar, ou então pode continuar a ler e ainda correr os mesmo riscos. Pensar em nada, me lembra duas coisas, budistas e filosofia. Os budistas acreditam que através da meditação profunda, você consegue chegar ao “Nirvana” –que significa não pensar em absolutamente nada- uma prática no mínimo intrigante. Como assim não pensar em nada? Quando você fecha os olhos, e tenta se concentrar em nada, começa a pensar em tudo, tudinho mesmo. O que você fez, deixou de fazer, quer, precisa, pessoas, coisas, milhões de etceteras. É uma orgia reflexiva. Pensar em nada pensar implica pensar em algo, mesmo que esse seja o não pensar. Aí que entra a filosofia, pode-se filosofar horas sobre nada, da mesma forma que se pode “nadicar” horas em volta da filosofia. Talvez o nada seja exatamente o contrário do que é. Talvez ao invés do nada ser o absoluto vazio, seja o completo cheio. Ou não. Difícil definir, tanto quanto pensar nele. No dicionário, a palavra nada tem por definição: “‘nenhuma coisa nascida’, que, com elipse do não”. Uau. Então, o nada não existe? Como assim? Mas todo mundo já ouviu falar (e já falou) dele. Ainda bem que acabaram minhas férias, pois ficar fazendo uma coisa que talvez sequer exista, não me parece um bom programa. Conclusão do texto? Nenhuma. Não poderia ser diferente!