segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O último


Tudo que tenho vivido e estou para viver é último.
Últimas tarde de CLJ
Último reecontro
Última palestra como jovem do CLJ
Últimas animações que sou responsável
Últimas reuniões
Últimas escolhas
Últimos incentivos aos mais jovens
Últimos puxões de orelha dados e recebidos
Último 'Sorria'.

Mas como bem disse um amigo a meu respeito: guardo ressentimentos! Guardo tudo mesmo. E isso faz toda diferença na minha vida. Há pouco aprendi a parar de guardar as coisas. Mas ainda estou em processo de praticar esse desapego. Cada vez mais tento me desprender do que é ruim e do que não me traz o bem. As vezes dá certo. As vezes...

O que importa é que todos esses últimos não se transformarão em peso morto para segurar papéis de minhas lembranças. Pelo contrário, servirão sim como propulsor me atirando para cima. Ao encontro de um céu que ainda busco. Não costumo escrever sobre tudo que minha fé - ou a busca dela - me proporciona. E é estranho não expressar isso nos textos porque, sinceramente, é esse o principal regente da minha vida. Durante dez anos me dediquei por completo a um grupo e agora isso chega aos últimos momentos. Junto com celebrações familiares - como alguns casamentos e o nascimento da minha afilhada - são os momentos mais felizes da minha vida.

Talvez essa despedida represente o último 'Sim' (ou um deles) que devo dar a Deus. Algo bastante definitivo. Existem muitas críticas reais a esse grupo de jovens. Críticas de outros por aí que também guardam ressentimento. Mas, francamente, nada disso importa. Para quem vive verdadeiramente o que esse movimento proporciona, as dificuldades e os erros não chegam aos pés das maravilhas. Se existe uma maneira de experimentar um pouquinho do céu aqui na terra, certamente eu saboreei e me deleitei disso por causa do CLJ.

Hoje meus últimos momentos representam claramente um novo sim. Um convite a saborear e passar adiante esse milagre com outros passos. Nem maiores nem menores, apenas diferentes. E se alguém me diz que agora estou mais "livre para aproveitar a vida" sem cobranças e julgamentos dos meus irmãos de caminhada; posso dar-lhe 365 motivos, 64 razões, 26 pensamentos, 395 lições, 406 palavras, 457 explicações e 461 alegrias para provar que esse é o meu lugar. A Igreja é meu céu. E vejo como uma missão mostrar ao mundo quão bonito é ser cristão.

Senhor, dá-me um coração igual ao Teu. Faz-me adorador! Pois talvez eu seja um dos últimos, mas acredito fielmente que ainda posso mudar o mundo.