quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O ápice do álcool gel

Nunca, em toda história de vida do álcool, sua versão gel fez tanto sucesso. Com essa pandemia da gripe Influenza A H1N1, ou gripe suína para os mais chegados, o álcool gel foi disseminado de maneira impressionante. Existem dois tipos de álcool, aquele normal utilizado para churrasco ou para queimar qualquer coisa, e o famoso gel. Sendo que esse segundo sempre era esquecido, deixado de lado. Quando as pessoas iam ao mercado e tinham de comprar álcool, olhavam para os dois e sem pestanejar deixavam o álcool gel ali, desolado, afinal de contas ninguém o queria. Se ele fosse um ser humano, antes da gripe seria um deprimido, um pessimista, alguém desacreditado com tudo e todos, descrente talvez, até de Deus. Que horror. Todavia, na atual conjuntura, seria a mais famosa celebridade, seguida por milhões no twitter e óbvio, capa de todas as revistas de fofocas, seus pais estariam orgulhosos. Se fosse um livro seria considerado um “best seller”, se fosse ator receberia um Oscar (não que atores não sejam seres humanos, não reparem a separação). Enfim, a ascensão do mesmo é deveras embasbacante, não importa onde você vai ou com quem você fala, ele sempre está presente; onipresente.

É o ápice do álcool gel, contudo, assim como diz a música de Raul “José Newton já dizia: "Se subiu tem que descer"”, um dia, quando a gripe “acabar”, sua fama também findará. E ele voltará ao seu apagado local de origem, esquecido e desamparado, a solitária prateleira do mercado. Maldito mundo cruel!

Nenhum comentário:

Postar um comentário