quarta-feira, 8 de julho de 2009

Boa ação

É impressionante como as boas ações se revertem para os que as praticam. Desde que tinha 13 anos participo de um grupo de jovens, cujo nome é CLJ (Curso de Liderança Juvenil). Esse grupo se reúne nas dependências da paróquia São Vicente Mártir (recomendo muito!). Pois bem, o CLJ periodicamente organiza uma ação, ou seja, vamos a algum asilo, creche, hospital, enfim, lugares que possamos passar um tempo alegrando e conversando com pessoas que de certa forma são “esquecidas”. Sempre que ocorrem essas ações, voltamos (o grupo) das mesmas muito felizes por termos ajudado alguém sem a menor pretensão.
Todavia, essas ações são pré planejadas, ou seja, eu já sei quando ela acontecerá e assim sendo, me preparo psicologicamente para ajudar. As ações do CLJ realmente são maravilhosas, mas aquelas sem planejamento, creio eu, possuem uma especial peculiaridade. Hoje (08/07) me deparei com uma boa ação inesperada. Sai de casa por volta das 7h50, como de costume, e me dirigi a parada de ônibus; logo em seguida veio um deficiente visual que também ficou a esperar. Não tinha mais ninguém na parada até esse momento, então pensei: “Tah aí uma boa oportunidade de ajudar alguém sem esperar nada em troca.” Percebi que um ônibus estava se aproximando e perguntei ao senhor: - “O senhor vai pegar o Liberal (nome do ônibus, só para constar)” e ele respondeu em meio a um sorriso: -“Não, não. Vou pegar o Padre Reus (idem ao parêntese anterior)”. Nesse momento já havia cerca de sete pessoas na parada e todas entraram no primeiro ônibus, e pensei: -“Com certeza vou me atrasar uns cinco minutos, bem que eu poderia pegar esse ônibus (geralmente pego o primeiro ônibus que passa)”, mas hesitei, preferi esperar o Padre Reus junto com aquele senhor. Em menos de um minuto chegou o ônibus que esperávamos, fiz sinal para que parasse, segurei o braço do senhor e falei: -“Agora sim é o Padre Reus, posso ajudá-lo?”. Em meio a outro sorriso ele respondeu que sim. Conduzi-o, ajudei a se acomodar e ele agradeceu. Pronto. Foi impagável. Sei que ele ficou feliz por receber ajuda, mas eu, com certeza fiquei muito mais por ajudar.
Essa ação me pareceu mais gratificante do que as realizadas junto ao grupo de jovens, não por ser melhor ou pior (não tenho como comparar), mas por ser inesperada e portanto exigir um determinado “improviso”.
Nossos dias são tão iguais, rotineiros e por isso tornam-se chatos, sabemos tudo que vai nos acontecer a cada hora. Que saco. Então, ficam como dicas essas duas coisas: o inesperado e principalmente, a BOA AÇÃO.

Um comentário:

  1. é verdade concordo ctg...nada é mais gratificante que dar alegria ás pessoas que quase não têm, mas ajudar alguém expontaneamente acho que é muito melhor, pois fazemos algo que não estamos esperando fazer e deixamos alguém contente e certas de que o mundo não é feito só de maldades ;D

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