A enquete sobre a continuação ou não das histórias folhetinescas da Morena foi um sucesso (não pelos comentários do blog, infelizmente). Muitos fiéis leitores deste humilde blog pediram que eu continuasse a escrevê-la e descrevê-la (se é que me entendem). Pois bem, deleitem-se com os próximos capítulos...
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Confiança é a palavra chave!Existem algumas regras nos relacionamentos entre homens e mulheres, não relacionamentos já firmados, mas sim relações a serem iniciados. Uma das regras é que você nunca pode parecer desesperado para sair com alguém, isso assusta a outra pessoa; outra regra é que sempre -repare na palavra SEMPRE- que você está empenhado na árdua busca por envolver-se, ninguém que lhe interesse aparecerá em sua vida. Todavia quando você parar de buscar, ou começar a envolver-se com outrém, alguém virá para testar sua relação. Mas isso já foi tema de outro texto deste blog. Esse é o quarto capítulo de “A morena”, e você deve estar pensando que decidi investir naquela perfeição já comprometida. Está enganado, mas não totalmente. Contudo, iniciei o texto com a frase “confiança é a palavra chave”, e essa é uma verdade que você deve levar seriamente, porém, jamais confunda confiança com soberba, ou falta de humildade. A confiança é extremamente positiva em todos os aspectos de sua vida, já a soberba é negativíssima. Confiança é algo ligado só a você e não precisa ser explicitado aos demais, quem se expõe demonstrando achar-se bom é o soberbo, e por isso é mal visto. Sua autoestima, caso esteja alta, contagiará as pessoas ao seu redor naturalmente. Vou parar por aqui antes que isso se torne um texto de autoajuda. Pois bem, nesse momento estou confiante e decidi não demonstrar meu apreço pela diva inspiradora de minhas palavras e diversos pensamentos. Nenhuma mulher deve ser superestimada antes do envolvimento, nenhuma. Nem a morena. Passemos à prática. Antes da infeliz descoberta sobre o compromisso, eu tentava de forma não extravagante, demonstrar à morena que me interessava por ela. Depois de um tempo notei que ela começou, também não de forma extravagante, a evitar me olhar ou cumprimentar. Então, ontem decidi não encará-la, nem cumprimentá-la no momento em que ficamos frente a frente. Incrível, entrei em minha sala e ela ficou me olhando, sem entender ao certo o que acontecera. Afinal, por que uma mulher como ela deixara de atrair um homem? Talvez essa e outras questões inquietavam-na.
No dia seguinte, quando cheguei, ela fez questão de falar em alto e bom som
- Oi.
- Oi, tudo bem?- Respondi.
Logo em seguida, sem esperar a resposta, entrei em minha sala. Comecei a trabalhar e decidi deixar a porta aberta. Foi então que percebi, a morena deslumbrante como sempre passou e ficou me olhando, me fitou como se quisesse me decifrar. Gostei. Alguns minutos depois eu estava parado em pé quando a avistei, dessa vez parada na porta a me observar. Quando ela percebeu que eu reparei, voltou a andar como se nada tivesse acontecido. Foi melhor do que qualquer “bom dia” na cafeteria ou olhadas rápidas com o canto de olho.
Quer saber o que aconteceu depois?
Breve, no próximo episódio de “A morena”.